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Como Funciona a Educação nos EUA?

Atualizado: 17 de fev.



A Educação nos EUA


Um dos pontos mais importantes para uma família que imigra para os EUA é entender o sistema educacional americano, já que ele é único e possui várias diferenças relacionadas ao Brasil e outros países.


Por isso, o Viva América preparou um guia para elucidar os múltiplos aspectos do sistema educacional americano, desde a educação infantil até o ensino superior, abordando detalhes importantes como os níveis de ensino, o GPA, as diferenças entre escolas públicas e privadas, e as oportunidades de bolsas de estudo.




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Educação Básica nos EUA


Nos EUA, existem 12 níveis de educação básica:

  • Preschool ou Pre-K (Pré-Escola)

  • Elementary School (Ensino Fundamental I) – Séries 1 a 5

  • Middle School ou Junior High (Ensino Fundamental II) – Séries 6 a 8 ou 7 a 9

  • High School (Ensino Médio) – Séries 9 a 12


Educação Infantil e Elementar

Nos EUA, a educação infantil (geralmente dos 3 aos 5 anos) prepara as crianças para a entrada no sistema formal de ensino. É o chamado Kindergarten. Em seguida, vem a Elementary School (1º à 5º série), que estabelece as bases do aprendizado em áreas como matemática, ciências e inglês. As escolas primárias enfatizam o desenvolvimento de habilidades fundamentais e a socialização.

 

Middle School

O Middle School (6º ao 8º ano) atua como uma ponte entre a educação elementar e o ensino médio. Nesta fase, os alunos são introduzidos a um currículo mais desafiador e começam a desenvolver maior independência acadêmica.


Essa fase também pode ser chamada de Junior High – o que não necessariamente significa a mesma coisa. As escolas de Junior High geralmente focam no rigor acadêmico, buscando que o aluno domine as matérias que verá no Ensino Médio. Já o Middle School é centrado na experiência do aluno e no desenvolvimento de competências como colaboração e inteligência emocional.


O Junior High geralmente é mais curto, compreendendo apenas as séries 7 e 8, sendo que, em alguns estados, a 9ª série também é incluída. Já o Middle School sempre compreende as séries 6 a 8.

 

High School

O High School (9º à 12º série) é um período crítico de preparação para a vida adulta. Aqui, os alunos têm a oportunidade de explorar diferentes matérias e interesses, o que é crucial para a escolha de carreiras futuras ou para a preparação para a universidade.

 

As Matéria no Ensino Médio dos EUA

Uma das características do sistema educacional americano é a capacidade dos alunos (em conjunto com os conselheiros das escolas) de montar grades altamente customizadas, escolhendo não apenas as matérias, mas as dificuldades de cada uma delas.


Em termos de dificuldade, as matérias são divididas em três níveis no ensino médio:

  • CP (College Preparatory): Cursos destinados a preparar os alunos para a universidade.

  • AP (Advanced Placement): Oferecem a possibilidade de ganhar créditos universitários ainda no ensino médio.

  • Honors: Cursos avançados para alunos que buscam desafios adicionais.


Então, ainda que todos os alunos da 10ª série tenham que incluir Inglês em sua grade curricular, é possível que um estudante opte por English CP enquanto outro, por English AP ou English H.


College Prep prepara os alunos para entrar na faculdade com uma base sólida da matéria em questão. As aulas de Advanced Placement e Honors também oferecem essa base, mas são ministradas em um ritmo mais intenso e exigente, exigindo conhecimentos mais avançados.


Em AP e Honors, o volume de lição de casa é maior, a quantidade de trabalhos também. Também podem exigir algum projeto especial para a conclusão do curso.

 

O Syllabus

Presente em todos os níveis de ensino, inclusive no ensino superior, o syllabus é a ementa da disciplina: um documento, de uma a duas páginas geralmente, contendo uma visão geral da matéria, indicando os horários das aulas, o método de avaliação, prazos e datas importantes (provas, trabalhos), o que será ensinado e regras de boa conduta.

 

O GPA

O Grade Point Average (GPA) é uma métrica central no sistema educacional dos EUA. Ele avalia o desempenho acadêmico dos alunos numa escala de 0 a 4 e é um fator determinante para admissões universitárias e concessão de bolsas de estudo.


Em resumo, é a média de todas as suas notas no Ensino Médico, ponderadas de acordo com o peso de cada uma delas. Uma nota em matérias de nível AP, por exemplo, tem peso maior do que as de nível CP.


Quanto maior o seu GPA, maiores as chances de você ser aprovado em uma boa universidade nos EUA, embora eles também avaliem o rigor acadêmico da escola na qual você estudou, prêmios e reconhecimentos obtidos, trabalhos voluntários realizados e o próprio desempenho em testes padronizados como o SAT ou o ACT (espécies de Enem).

 

Escolas Públicas vs. Privadas nos EUA

Diferentemente do que acontece no Brasil, quando falamos de ensino básico, as escolas públicas americanas costumam ter ótima qualidade, embora essa qualidade possa variar de acordo com a região.


No entanto, é um erro dizer que as escolas públicas são melhores do que as particulares, pois pesquisas mostram que alunos de instituições de ensino privadas performam melhorar em exames padronizados.


Escolas privadas oferecem currículos especializados, ambientes de aprendizagem mais controlados, turmas menores, e maior envolvimento dos pais. Elas também podem oferecer mais oportunidades extracurriculares e recursos educacionais avançados. No entanto, são caras.


Já as escolas públicas fornecem uma experiência mais diversificada culturalmente e socialmente. Além disso, são gratuitas, o que é um fator importante para muitas famílias, especialmente de imigrantes. As escolas públicas também estão mais alinhadas com os padrões educacionais estaduais e federais, garantindo um certo nível de consistência no ensino.

 

Matrícula em Escolas dos EUA

Nos Estados Unidos, o sistema de matrícula escolar é frequentemente baseado em zonas ou distritos escolares. Assim, os alunos são designados para escolas públicas com base na localização de sua residência. Cada escola serve a uma área geográfica específica ou "zona". Isso significa que as opções dos pais para escolher uma escola pública são geralmente limitadas às escolas (geralmente apenas uma) dentro do distrito escolar em que residem.


Isso é um aspecto importante, que deve ser considerado na hora de o imigrante escolher onde vai morar nos EUA. Pode ser que o bairro para o qual ele queira ir tenha uma escola de ensino fundamental ótima, mas uma escola de ensino médio ruim.


As escolas públicas são classificadas com notas de A a F, levando-se em conta questões como desempenho acadêmico dos alunos, evolução do aprendizado, percentual de estudantes que entram para boas faculdades e os resultados em testes padronizados.


Devido a fatores como financiamento, recursos comunitários, e gestão escolar, pode haver variações significativas na qualidade da educação entre diferentes escolas e distritos. Escolas em áreas com maior arrecadação de impostos ou em comunidades mais abastadas frequentemente têm mais recursos e podem oferecer uma educação de qualidade superior em comparação com escolas em áreas menos favorecidas.

 

| Matrícula de Alunos Imigrantes nos EUA


Segundo a decisão da Suprema Corte dos EUA no caso Plyler v. Doe (1982), todas as crianças têm o direito de receber educação pública gratuita nos Estados Unidos, independentemente do status imigratório. Portanto, as escolas não podem questionar o status de imigração de um aluno ou negar a matrícula com base nesse status. As políticas de privacidade protegem as informações pessoais dos alunos, mas se houver suspeita de irregularidade por parte de alguém, o aluno ou os pais podem ser denunciados aos órgãos de imigração para investigação.


Normalmente, é necessário apresentar um comprovante de residência dentro do distrito escolar. Isso pode incluir contas de serviços públicos, contrato de aluguel ou declaração do proprietário do imóvel.


Pode ser solicitado um documento de identidade, como certidão de nascimento, green card ou passaporte. No entanto, a falta de documentos oficiais de identidade não pode ser um impedimento para a matrícula.


Alunos imigrantes, independentemente do status, têm direito a apoio educacional, incluindo acesso a programas de Inglês como Segunda Língua (ESL).

 

Sistema de Notas nas Escolas Americanas

O sistema de notas nas escolas americanas é um aspecto central da avaliação do desempenho dos alunos. Este sistema varia um pouco dependendo do nível de ensino (ensino fundamental, médio ou superior), mas há uma estrutura geral que é comumente seguida. As notas são geralmente dadas em uma escala de letras, com variações de A a F.

  • A: Excelente (90–100%)

  • B: Bom (80–89%)

  • C: Médio (70–79%)

  • D: Insuficiente (60–69%)

  • F: Falha (abaixo de 60%)


Em algumas escolas, essas letras podem ser acompanhadas de um sinal de mais (+) ou menos (-), criando um sistema mais detalhado de notas.

 

Horário Escolar

O horário típico nas escolas americanas vai das 8h às 15h, com variações dependendo da região e do tipo de escola. A maioria das escolas públicas nos EUA opera em um horário parcial, mas algumas delas oferecem programas de período integral com atividades antes e/ou depois do horário regular de aula.


Há uma pausa para o almoço, que normalmente dura cerca de 30 minutos a uma hora. As escolas oferecem opções pagas de almoço na cantina, mas os alunos também podem trazer seu próprio almoço de casa.

 

SAT e ACT: o Enem Americano


O SAT (Scholastic Assessment Test) e o ACT (American College Testing) são dois exames padronizados amplamente utilizados nos Estados Unidos como parte do processo de admissão em faculdades e universidades. É o equivalente ao Enem brasileiro. Eles são projetados para avaliar a prontidão acadêmica dos estudantes para o ensino superior.


Ambos os testes são utilizados por faculdades e universidades nos EUA para ajudar a determinar a admissão de estudantes. Eles fornecem um padrão comum para avaliar a preparação acadêmica dos candidatos.  As pontuações do SAT e do ACT também podem ser usadas para determinar a elegibilidade para bolsas de estudo.


Nem todos os alunos são obrigados a fazer o SAT ou o ACT. A necessidade desses exames depende das políticas das faculdades às quais o aluno está se candidatando.

 

Ano Letivo nos EUA


O ano letivo nos EUA, tanto para escolas quanto para universidade, geralmente se inicia entre o final de agosto e o começo de setembro, e se encerra em junho do ano seguinte. Isso acontece porque o calendário escolar no país norte-americano é organizado de acordo com as estações do ano do Hemisfério Norte.


Além disso, diferentemente do que acontece no Brasil, nos EUA o mais comum é haver três pausas no ano letivo: winter break (férias de inverno), spring break (férias da primavera) e summer vacation (férias de verão).


O summer vacation é o maior deles, durando mais de dois meses, indo do final de maio ou começo de junho até agosto. Marca o final do ano letivo. Durante esse período, os alunos nas universidades voltam para a casa dos seus pais (já que nos EUA é comum você estudar em outro estado que não aquele onde você mora). Já no Ensino Médio, os estudantes vão para acampamentos ou arranjam um emprego de verão (summer job).


O winter break e o spring break são períodos mais curtos de férias. Enquanto o winter break acontece geralmente no final de dezembro, para os estudantes celebrarem o Natal e o Ano Novo com as famílias, o spring break acontece entre março e abril. Esta é a época em que os alunos viajam para a “farra”, principalmente na faculdade, e a procura por destinos litorâneos cresce bastante.


Nomenclatura na Educação Americana


Nos EUA, existem termos específicos que indicam em qual ano do curso você está, seja no Ensino Médio ou no Ensino Superior.


Ensino Médio:

  • 1º Ano do Ensino Médio (9ª Série): Freshman

  • 2º Ano do Ensino Médio (10ª Série): Sophomore

  • 3º Ano do Ensino Médio (11ª Série): Junior

  • 4º Ano do Ensino Médio (12ª Série): Senior

Graduação:

  • 1º Ano da Graduação: Freshman

  • 2º Ano da Graduação: Sophomore

  • 3º Ano da Graduação: Junior

  • 4º Ano da Graduação: Senior

Também existem algumas outras classificações. Crianças no Jardim de Infância, por exemplo, são chamadas de kindergardeners.


Na graduação, também existem os termos underclassman (usado tanto para alunos freshman e sophomore) e upperclassman (reunindo junior e senior).


Diferença entre undergraduate e graduate

Nos EUA, um estudante da graduação é chamado de undergraduate ou undergraduate student. E undergraduate studies ou undergraduate degree significa a graduação propriamente dita ou o diploma de graduação.


Em geral, quem termina a graduação vai receber um bachelor's degree (bacharelado), que também pode ser chamado de baccalaureate ou bachelorate. Porém, há aqueles que optam um curso tecnólogo (associate degree). A diferença é que, enquanto o bachelor's degree exige quatro anos de estudo, o associate degree requer apenas dois.


Atenção: quando você se forma na graduação dos EUA, você recebe o título de "graduate". E é aqui que fica um pouquinho confuso para os brasileiros.


É que, ao entrar na pós-graduação, você se torna um postgraduate ou postgraduate student. Só que, no sistema educacional americano, postgraduate e graduate podem ser usados como sinônimos. Portanto, a palavra graduate pode significar tanto o aluno que completou a graduação (undergraduate studies) me parou de estudar quanto o aluno que completou a graduação e agora está cursando uma pós-graduação (graduate studies ou postgraduate studies).


É comum também, em conversas do dia a dia, os alunos usarem as expressões reduzidas undergrad, grad student ou postgrad.


| Master's e Ph.D


Nos EUA, o mestrado é chamado de master's ou master's degree e, ao completá-lo, você recebe o título de master. O doutorado, por sua vez, é chamado de Ph.D. ou doctoral degree. Ao completá-lo, você recebe o título de Ph.D. ou doctor (comumente abreviado de "Dr.").

 

Ensino Superior

 

Faculdades Públicas vs. Privadas

Quando o assunto é faculdade, a distância entre universidades privadas e públicas aumenta bastante, já que quase todas as melhores universidades dos EUA são particulares.


Nos EUA, existem as universidades comunitárias (community colleges), que oferecem cursos de dois anos, geralmente em nível tecnológico. Depois de se formar em uma faculdade comunitária, alguns alunos se transferem para uma faculdade ou universidade tradicional por mais dois a três anos para concluir um bacharelado.


As community colleges também podem ser chamadas de junior colleges, technical colleges, two-year colleges ou city colleges. Costumam ser a forma mais acessível de cursar o ensino superior nos EUA, pois são extremamente baratas. E se você é residente do estado onde a community college está localizada, suas taxas são mais baratas do que se você estiver vindo de outro estado para estudar lá.


É importante destacar que as universidades públicas dos EUA, diferentemente do que acontece no Brasil, exigem pagamento de taxas e anuidades (tuition). É por isso que, tradicionalmente, famílias se esforçam para juntar dinheiro por anos para, quando seus filhos terminarem o ensino médio, eles tenham condições de arcar com os custos de matrícula em uma faculdade.


Enquanto a média de tuition e taxas no ensino superior privado é de U$ 42 mil em 2023-2024, esse valor cai para US$ 23 mil nas universidades públicas se o aluno for de outro estado e para US$ 10 mil se ele for residente do estado.

 

Bolsas de Estudo nas Universidades dos EUA

Nos EUA, a obtenção de bolsas de estudo para faculdades é um processo competitivo, já que o custo do ensino superior no país é bastante elevado. Existem basicamente três tipos de bolsas:


1. Bolsas Baseadas em Mérito

Desempenho Acadêmico: Muitas bolsas são concedidas com base no mérito acadêmico. Isso geralmente inclui notas altas, um bom desempenho no SAT ou ACT, e outras realizações acadêmicas.


Talentos Especiais: Alunos com habilidades excepcionais em áreas como esportes, música, arte, ou atuação também podem se qualificar para bolsas baseadas em talento.


2. Bolsas Baseadas na Necessidade

Auxílio Financeiro: Alunos que demonstram necessidade financeira podem ser elegíveis para bolsas que visam ajudar aqueles com menos recursos financeiros. A determinação da necessidade financeira é geralmente baseada nas informações fornecidas no formulário Free Application for Federal Student Aid (FAFSA).


3. Bolsas Específicas

Grupos Minoritários ou Comunitários: Existem bolsas destinadas a apoiar estudantes de determinadas etnias, culturas, ou grupos comunitários.


Campos de Estudo Específicos: Algumas bolsas são destinadas a estudantes que planejam seguir carreiras em campos específicos, como engenharia, medicina, educação, entre outros.


O desempenho do aluno no ensino médio, com boas notas e participação em atividades extracurriculares ajuda bastante a conseguir uma bolsa. Para manter suas bolsas, os jovens geralmente precisam manter um certo GPA e atender a outros requisitos, como a participação em atividades específicas ou serviços comunitários.

 

Sistemas de Notas nas Universidades dos EUA

No ensino superior, o desempenho do aluno é frequentemente resumido em um GPA, que é uma média ponderada de suas notas. Cada letra tem um valor numérico equivalente, geralmente numa escala de 4 pontos.

  • A = 4.0

  • B = 3.0

  • C = 2.0

  • D = 1.0

  • F = 0.0


O GPA é calculado multiplicando o valor numérico da nota pelo número de créditos do curso e depois dividindo pelo total de créditos cursados. Por exemplo, um curso 'A' com 3 créditos contribui com 12 pontos (4.0 * 3) para o GPA.


Embora a escala de 4.0 seja a mais comum, algumas instituições usam escalas ligeiramente diferentes. Algumas universidades oferecem cursos onde os alunos são avaliados simplesmente como "pass" (aprovado) ou "fail" (reprovado), sem afetar diretamente o GPA.


Um GPA alto pode ser crucial para admissões em programas de pós-graduação, oportunidades de emprego, e bolsas de estudo. Além disso, muitas vezes, os alunos devem manter um GPA mínimo para permanecer em programas acadêmicos ou para se qualificar para certas honras ou programas especiais.

 

Major e Minor nos EUA

No sistema educacional superior dos EUA, o conceito de "major" refere-se à principal área de especialização de um estudante universitário. É o campo do conhecimento que o aluno escolhe para focar durante sua graduação, determinando a maior parte das matérias que ele irá estudar (de um terço a metade).


Por exemplo, um estudante que escolhe "Engenharia" como major passará a maior parte de seu tempo estudando disciplinas relacionadas a esse campo, preparando-se para uma carreira na engenharia. Geralmente, os alunos selecionam seu major já no segundo ou terceiro ano do ensino médio, pois isso os ajudará a escolher a melhor universidade dentro daquela área de estudo.


| O major é obrigatório?


Algumas universidades exigem que o aluno escolha um major ao se candidatar a uma vaga e, se o estudante quiser mudar depois, precisa de aprovação da direção. Outras instituições, porém, não têm essa exigência.


Nestes casos, é possível que o aluno entre na universidade sem escolher um major. Afinal de contas, nem todo mundo tem certeza de que carreira quer seguir ao terminar o ensino médio. Se o aluno entrar em uma universidade sem ter optado por um major, ele poderá ver disciplinas de educação geral (general-education requirements ou gen-eds) até tomar essa decisão. São disciplinas como História, Inglês, Idiomas Estrangeiros, Ciências Sociais etc.


Entretanto, um curso que o estudante poderia concluir em quatro anos, por exemplo, demorará mais em razão desse tempo de espera – e, consequentemente, será mais caro.


| O minor nos EUA


Já o "minor" é uma área secundária de estudo. Menos abrangente do que o major, o minor permite que os alunos explorem outro campo de interesse, que pode ou não estar diretamente relacionado ao seu major. O minor não é obrigatório e pode ser escolhido antes, junto ou depois do major. Um estudante que escolheu major em "Biologia", por exemplo, pode escolher um minor em "Comunicação" se tiver interesse em jornalismo científico, combinando assim o conhecimento científico com habilidades de comunicação. Ou, no caso de um aluno indeciso, ele pode iniciar a graduação com um minor em “Chinês”, porque tem vontade de aprender o idioma e a cultura chinesa, e posteriormente decidir o major.


O minor geralmente consiste em menos disciplinas e não é tão extensivo quanto o major. Enquanto um major pode exigir entre 30 a 50 créditos (que representam uma quantidade significativa do total de créditos necessários para a graduação), um minor pode exigir cerca de 15 a 30 créditos. Esta flexibilidade permite que os estudantes ampliem seus horizontes acadêmicos sem a carga de um segundo major.


| Decida com cuidado entre major e minor


As escolhas de major e minor têm um impacto substancial na formação dos alunos, permitindo um aprendizado mais customizado à vocação de cada um. Ao escolher um major, o estudante está definindo seu foco principal de estudo e sua futura carreira.


Um major em áreas como "Negócios" ou "Ciência da Computação" pode abrir portas para carreiras específicas nesses campos. Por outro lado, um minor oferece a chance de diversificar o aprendizado e adquirir conhecimentos e habilidades complementares, que podem ser atraentes para empregadores. Por exemplo, um estudante de "Artes" com um minor em "Empreendedorismo" pode ser bem-visto por empresas que valorizam a criatividade combinada com habilidades empresariais.

 

Double e Triple Major

No sistema universitário americano, estudantes que buscam uma formação acadêmica mais ampla e competitiva podem optar por um "double major" ou um "triple major". Um double major envolve a escolha de duas áreas de estudo principais e a conclusão dos requisitos de graduação para ambas. Por exemplo, um aluno pode se formar simultaneamente em História e Ciências Políticas ou, então, em Engenharia e Ciência da Computação. Essa escolha permite que ele explore e desenvolva habilidades em duas áreas distintas, o que pode ser particularmente valioso em um mercado de trabalho em constante transformação.


Por outro lado, um triple major é uma opção ainda mais ambiciosa, na qual o estudante decide completar os requisitos para três áreas de estudo diferentes. Embora menos comum, devido à intensidade da carga horária de estudo e aos desafios logísticos de cumprir todos os requisitos obrigatórios, alguns estudantes escolhem essa via para maximizar suas oportunidades de aprendizado e preparação para o mercado de trabalho.


Na prática, é como se o aluno fizesse duas ou três graduações simultaneamente. No entanto, ainda que ele possa completar todos os créditos dentro do período padrão de quatro anos, o que exigirá muito esforço, dedicação e gerenciamento de tempo, cursar mais de um major simultaneamente pode fazer com que o estudante fique mais tempo na faculdade.


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